terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Agricultura: Queda em 2011

Desempenho da agroindústria brasileira registra queda de 2,3% em 2011

Mesmo com safra de grãos acima do recorde de 2010, derivados da agricultura ficaram abaixo da média.

Divulgação/Wikipédia
Foto: Divulgação/Wikipédia
Com queda de 3%, setor de leite foi um dos com maior recuo nos produtos industriais derivados da pecuária
Em 2011, a agroindústria brasileira recuou 2,3% na comparação com 2010, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) nesta terça, dia 7. De maior peso na agroindústria, os setores vinculados à agricultura tiveram queda de 1,6%. O desempenho ficou abaixo dos setores associados à pecuária, que registraram queda de 0,6%.
Embora os derivados da agricultura tenham recuado 2,4% em 2011, influenciados principalmente pela queda nos derivados da cana-de-açúcar (-16,5%), a safra de grãos de 2011, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), foi de cerca de 159,9 milhões de toneladas, resultado 6,9% superior à safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas).
Em relação ao setor externo, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações do agronegócio em 2011 atingiram o recorde de US$ 94,6 bilhões, o que significa um aumento de 24% em relação ao ano de 2010 (US$ 76,4 bilhões). Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC), houve aumento no volume exportado dos seguintes produtos da agroindústria: pedaços e miudezas de aves (4,9%), carne de aves não cortadas em pedaços (0,9%), grãos de soja triturados (13,4%), óleo de soja em bruto (9,5%), bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja (4,2%), celulose (1,2%) e fumo (12,0%). Por outro lado, assinalaram queda as exportações de açúcar (-9,4%), álcool (-11,5%), carnes de bovinos congeladas (-16,1%), carnes de suínos congeladas (-4,3%) e couros e peles de bovinos (-0,4%).
O grupo inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário decresceu 16,9% em 2011, impactado negativamente pelo aumento das importações, enquanto o segmento de madeira avançou 4,9%. Em bases trimestrais, a agroindústria apresentou resultados negativos nos quatro trimestres do ano: -3,9% no primeiro, -2,8% no segundo, -0,7% no terceiro e –2,5% no quarto trimestre, todas as comparações contra igual período do ano anterior.
Produtos Industriais Derivados da Agricultura
O setor de produtos industriais derivados da agricultura recuou 2,4%, com resultados negativos em três dos oito subsetores pesquisados, com destaque para a queda da cana-de-açúcar (-16,5%), influenciado tanto pela redução na produção de açúcar cristal (-12,4%), como na de álcool (-22,8%). As outras contribuições negativas vieram dos derivados do trigo (-0,7%), em razão da queda da safra, e da laranja (-15,1%). Os resultados positivos foram registrados nos subprodutos da soja (3,7%), da celulose (0,9%), do fumo (13,4%) e do arroz (14,5%).
Apoiados em grande parte no aumento da produção de adubos e fertilizantes (7,7%), os produtos industriais utilizados pela agricultura avançaram 3,2% em 2011 devido à expansão da renda agrícola e ao crescimento da safra e aumento no preço de algumas commodities. A fabricação de máquinas e equipamentos recuou 4,2%. A produção de tratores e colheitadeiras foi influenciada pela elevada base de comparação, já que em 2010 o setor havia crescido 31,5%. Em relação ao setor externo, as exportações de colheitadeiras aumentaram 5,7% e as de tratores de rodas recuaram 11,0%, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Produtos Industriais Derivados da Pecuária
Os produtos industriais derivados da pecuária caíram 1,7% em 2011. Os recuos foram registrados na pecuária bovina e suína (-0,7%) nas aves (-2,2%) e no leite (-3,0%). Por outro lado, o segmento de couros e peles avançou 3,3%.
O setor de produtos industriais utilizados pela pecuária cresceu 3,1% em 2011, impulsionado em grande parte pelo crescimento de 1,9% na produção de rações e suplementos vitamínicos e pelo aumento de 9,6% na fabricação de produtos veterinários.
> A publicação completa pode ser acessada na página do IBGE

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