quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Soja, Antracnose

Antracnose

(Colletotrichum dematium)

A antracnose é a principal doença que afeta a fase inicial de formação das vagens e é um dos principais problemas dos cerrados. Em anos chuvosos, pode causar perda total da produção mas, com maior frequência, causa alta redução do número de vagens, induzindo a planta à retenção foliar e haste verde.
A maior intensidade da antracnose nos cerrados pode ser atribuída à elevada precipitação e às altas temperaturas. Uso de sementes infectadas e deficiências nutricionais, principalmente de potássio, também contribuem para maior ocorrência da doença. Recentemente, tem sido observado um aumento considerável na ocorrência de C. truncatum em sementes de soja. Sementes oriundas de lavouras que sofreram atraso de colheita, devido a chuvas, apresentaram porcentagens de infecção superiores a 50%.
Sintomas - A antracnose pode causar morte de plântulas, necrose dos pecíolos e manchas nas folhas, hastes e vagens. Originado de semente infectada ou de inóculo produzido em restos culturais da safra anterior, o fungo desenvolve-se, de forma latente, no interior do tecido cortical e pode não se expressar até o final do ciclo, dependendo das condições climáticas, da fertilidade e da densidade de semeadura. Pode causar queda total das vagens ou deterioração das sementes em colheita retardada.
Os sintomas mais evidentes ocorrem em pecíolos e ramos tenros das partes sombreadas e em vagens em início de formação. As vagens infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração castanho-escura a negra e ficam retorcidas; nas vagens em granação, as lesões iniciam-se por estrias de anasarca e evoluem para manchas negras. Em períodos de alta umidade, as partes infectadas ficam cobertas por pontuações negras que são as frutificações do fungo. Sementes apresentam manchas deprimidas, de coloração castanho-escuras. Plântulas originadas de sementes infectadas apresentam necrose dos cotilédones, que pode se estender para o hipocótilo, causando o tombamento.
Controle: As medidas de controle recomendadas são o uso de sementes livres do patógeno, rotação de cultura, maior espaçamento entre as linhas (50-55 cm), com eficiente controle de plantas daninhas, estão de adequado (300.000 a 350.000 plantas ha-¹), manejo adequado do solo, principalmente com relação à adubação potássica.
Para o controle do patógeno em sementes, recomenda-se o armazenamento em condição ambiente, pois há redução acentuada, mas não total, do nível de infecção. Por essa razão, o tratamento de sementes com fungicidas adequados é recomendado em lotes que apresentem mais de 5% de sementes infectadas.

Culturas afetadas que possuem controle com Agroquímicos registrados no MAPA


Fotos do problema


Formigas = Problema

Formiga meia lua

(Acromyrmex landolti landolti)

São formigas cortadeiras cujos formigueiros são pequenos e geralmente de poucos compartimentos (panelas). As operárias variam muito de tamanho, mas geralmente são bem menores que as saúvas.
Comumente, encontram-se variações individuais na proporção dos espinhos do tronco e da cabeça em espécimens pertencentes à mesma colônia. A caracterização taxonômica realizada com base na proporção forma dos espinhos do tronco, o tipo de esculturação tegumentar e disposição dos tubérculos no gáster são sinais facilmente visualizados nas operárias máximas.
Danos: Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são consideráveis. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas.
Controle: Pode-se fazer arações profundas nas panelas e a eliminação de poáceas (gramíneas) nativas, pois as formigas as usam para a criação do fungo que sustenta a colônia. O controle químico deve ser dirigido, visando a eliminação da rainha. Podem ser usados formicidas liquefeitos, iscas granuladas, pó ou através de termonebulização. A isca granulada dispensa o uso de aplicadores, já que as próprias formigas as carregam para o ninho.

Concurso fotografico John Deere

Abertas inscrições do Concurso Fotográfico John Deere


Abertas inscrições do Concurso Fotográfico John Deere
A John Deere está lançando, durante o Show Rural Coopavel (Cascavel/PR), a quinta edição do Concurso Fotográfico John Deere. Inspirado na frase “O talento brota no campo”, o concurso é de tema livre. Entretanto, as fotos participantes devem conter algum elemento representativo da John Deere, como equipamentos, a marca ou cores.

O envio de fotos (que devem ser em formato digital), assim como o regulamento e a premiação podem ser conferidos no site www.JohnDeere.com.br. Fique ligado e participe! As inscrições vão até 29 de junho de 2012 e o resultado será divulgado em agosto, na Expointer 2012 (Esteio/RS).

Concurso Fotográfico John Deere 2012

Fertilizantes

Adubação com fósforo a taxa variável em superfície é de fato agricultura de precisão? 



A proporção de áreas manejadas com amostragem georreferenciada do solo e com adubação a taxa variável vem aumentando de forma impressionante nas últimas safras de grãos no Brasil. Estima-se que algo entre 3 e 4 milhões de hectares de lavouras anuais estejam sendo trabalhados com esse tipo de aplicação da agricultura de precisão no País. Em princípio, tal situação pode ser interpretada como um reflexo do avanço tecnológico associado ao conhecimento acumulado acerca do manejo da fertilidade dos nossos solos. Entretanto, uma análise mais criteriosa suscita questões que ainda não estão bem resolvidas.

Especificamente no caso do fósforo (P) há complicadores importantes que não devem ser desconsiderados. Os três principais fatos: 1) o fósforo expressa pronunciado efeito residual das adubações de cultivos anteriores; 2) é um nutriente cuja disponibilidade no solo tipicamente apresenta alta variabilidade espacial; e 3) tem baixa mobilidade no solo, sobretudo nos mais argilosos.

Algumas das consequências dessas particularidades: 1) ocorrem grandes diferenças de disponibilidade de P no solo a curta distância; 2) medidas pontuais discrepantes podem não representar zonas de fertilidade distinta nos talhões, sendo comuns as “contaminações” de amostras de solo por partículas residuais de fertilizantes; 3) o mapeamento do P disponível na lavoura nem sempre expressa, com precisão, a variação espacial da fertilidade na área; 4) a adubação com P a taxa variável pode “manchar” os talhões ao invés de homogeneizá-los; 5) a aplicação superficial retarda o aproveitamento do P do fertilizante pela cultura; e 6) o P em superfície, na forma de fertilizante, ou solubilizado ou aderido às partículas do solo, fica mais suscetível ao carreamento por escorrimento superficial de água, aumentando o risco de perdas do nutriente do sistema e de contaminação do ambiente (risco esse insignificante quando o fosfato é incorporado).

Os procedimentos para uma correta coleta de amostras de solo para análise ainda representam um problema de pesquisa e uma dificuldade operacional para o agricultor. No manejo do fósforo, isso é mais crítico. A representatividade da amostragem acaba por determinar a veracidade dos mapas de disponibilidade de P e de prescrição da adubação fosfatada, bem como todo o manejo posterior baseado em agricultura de precisão e seus impactos imediatos e de longo prazo no desempenho das lavouras. Não é fácil garantir que uma amostragem tenha boa representatividade espacial do estado de fertilidade de um talhão em relação ao P, a começar pelas interferências provocadas pela coleta de subamostras em linhas de adubação de cultivos anteriores (que algumas vezes inclui até grânulos residuais de fosfato).

Nos moldes atuais, o dimensionamento da adubação utilizando a agricultura de precisão depende de amostras que são coletadas no intuito de representar áreas de 2 até 10 ha, dependendo da grade amostral empregada. Obviamente, quanto mais densa a amostragem de um talhão (quanto menor o tamanho de malha da grade amostral), maior a fidedignidade dos mapas de fertilidade gerados, desde que os dados atípicos (outliers) sejam eliminados. É importante perceber que os softwares de agricultura de precisão sempre permitem gerar mapas, inclusive de forma automática, mas seu maior ou menor valor agronômico (confiabilidade) depende de cuidados, desde a amostragem até a forma de interpretação, passando pelo bom senso e critérios nas etapas de processamento informatizado dos dados de análise de solo. Assim sendo, dependendo da qualidade (confiabilidade) do mapa diagnóstico, a adubação fosfatada a taxa variável pode gerar mais heterogeneidade do que a adubação em dose única pela média do talhão, aumentando a variabilidade espacial da fertilidade do solo.

No plantio direto, a eficiência agronômica da adubação a taxa variável em superfície não deve ser afetada em solos de fertilidade construída, com boa reserva de P, bem manejados e com diversidade de culturas, ou seja, ambientes tamponados e constantemente monitorados quanto às condições de fertilidade (análises frequentes do solo). Porém, em áreas novas ou recém-abertas, com solos muito argilosos ou baixa matéria orgânica (pouca palhada), a eficiência não será a mesma, podendo haver carência do nutriente na zona de absorção radicular, o que afeta drasticamente o desenvolvimento e o vigor das plantas, com prejuízo da produtividade. Isso porque o fósforo aplicado superficialmente tem mobilidade vertical muito lenta.

Um outro aspecto que pode estar passando despercebido é que o P em superfície, principalmente em áreas mais declivosas, tem grande probabilidade de ser carreado pela água de escorrimento superficial, mesmo em áreas de plantio direto com boa cobertura de palhada. Se não forem tomadas precauções, a contaminação da água por fósforo derivado dos fertilizantes, que até então não constitui maior preocupação nas condições brasileiras, poderá tornar-se problema, levando ao processo de eutrofização de corpos d´água, com todas as suas implicações ambientais.

Na realidade, a pesquisa ainda não comprovou efetivamente a viabilidade técnica e ambiental dessa prática ainda recente, de modo a confirmar a aplicação de P a taxa variável em superfície como uma tecnologia de uso irrestrito e recomendar sua adoção de forma generalizada. Sob essa ótica, a novidade experimentada por alguns agricultores que vêm realizando adubação antecipada de P a lanço e utilizam semeadoras sem caixa de adubo para agilizar o plantio (o que é operacionalmente muito interessante) não deve tornar-se um modismo que sobreponha a coerência agronômica e o respaldo científico.

Convém relembrar que a agricultura de precisão consiste de princípios e tecnologias aplicados no manejo da variabilidade espacial e temporal associada à produção agrícola, objetivando aumentar a produtividade das culturas e a qualidade ambiental. Em termos práticos, utiliza dados mais detalhados sobre as áreas de cultivo, visando definir estratégias de manejo mais eficientes. Sem critérios bem definidos, a aplicação de fósforo a taxa variável em superfície pode estar na contramão dessas premissas, aumentando a variabilidade espacial e o risco de contaminação ambiental. Não basta que dispositivos eletrônicos, de informática e de mecanização funcionem bem, em detrimento dos critérios agronômicos e de eficiência produtiva e ambiental. Enquanto não tivermos a certeza de que “práticas inovadoras” de manejo da fertilidade do solo estejam plenamente validadas e com sua eficiência confirmada, o agricultor deve ficar atento. Monitoramento constante dos talhões, informação de qualidade, precaução na tomada de decisão e suporte agronômico idôneo são imprescindíveis para maior precisão na agricultura.

Cotação 09/02

Médias de preço por estado

09/02SPPRRSSCMSMTBAMGGO
Algodão----55,0053,9053,4556,2455,81
Arroz31,8332,3326,64--30,5628,00-36,00
Bovino97,9396,143,2599,5889,4486,94101,3891,5589,10
Feijão141,7189,9584,0097,82--157,97-129,57
Frango1,451,58-1,65---1,65-
Milho26,3323,3826,3025,7723,5620,0528,3325,3524,19
Soja44,1942,9743,0442,8841,4437,3041,5043,3540,82

Cotação 09/02

Cotações Agropecuárias

09/02SPPRRSMT
Arroz31,8332,3326,6430,56
Bovino97,9396,143,2586,94
Milho26,3323,3826,3020,05
Soja44,1942,9743,0437,30

Palma de óleo = Dendê

A palma de óleo é popularmente conhecida também como dendê, muito utilizada na fabricação de produtos como o azeite de dendê, sabões e até de biocombustíveis.
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Palma de Óleo
A produção da Palma de óleo no Brasil é objeto de um projeto do Governo Federal que visa incentivar a cultura na agricultura familiar, como uma forma alternativa de gerar renda, uma vez que o mercado da palma de dendê vem crescendo muito nos últimos anos, mas também é objeto de recomendações e de determinações técnicas quanto as áreas de cultivo, em virtude das questões ambientais.

Características do Dendê

A palma de óleo ou dendê é uma palmeira que tem o nome cientifico de Elaeis guineensis, é uma planta perene e sua cultura é permanente pois a palmeira dá frutos durante todo o ano. A palmeira oleaginosa produz um fruto, do qual é extraído o óleo de dendê através de processos que podem ser naturais e artesanais ou através de processos mecânicos.
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Características do Dendê
O óleo da palma é utilizado na indústria de alimentos, substituindo a gordura trans e sendo rico em vitamina A, é um substituto do óleo diesel, é usado na fabricação de sabão, velas e cosméticos, pois a glicerina é um dos subprodutos da palma de óleo, é utilizado ainda para proteger chapas de aço e folhas de flandres, na fabricação de lubrificantes, graxas e também de artigos vulcanizados. Todas essas aplicações e propriedade fazem com co o óleo da palma seja extremamente valorizado no mercado.

Programa de Produção Sustentável de Palma

O Governo Federal do Brasil lançou um Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo que tem como objetivo incentivar os produtores das regiões que tradicionalmente cultivam a palma de Óleo a adotarem a produção sustentável em suas áreas de plantio, de acordo com as normas estabelecidas no programa, que tem o objetivo de proteger a floresta Amazônia, gerando empregos e renda, promovendo também o desenvolvimento da cultura da Palma óleo associada a preservação ambiental, sem destruir o bioma.
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Programa de Produção Sustentável de Palma
No programa as questões ambientais e financeiras estão associadas, pois estabelece regras para o desenvolvimento dessa cultura, porém também sinaliza o desenvolvimento regional num mercado que teve sua demanda triplicada na última década.
Restrições Ambientais
O Programa conta com um importante instrumento para organização territorial da cultura da Palma que é o ZAE – Zoneamento Agroecológico da palma, que tem como objetivo garantir o desenvolvimento da cultura de forma sustentável, com base num levantamento realizado pela Embrapa que delimitou as áreas que são consideradas aptas ao cultivo. O programa ainda proíbe qualquer forma de eliminação da vegetação nativa para o cultivo da palma, assim como seu cultivo em ares de quilombo, reservas indígenas e qualquer outra área de conservação. O programa ainda prioriza as áreas da Amazônia legal que estão degradadas, compreendendo os estados de Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, maranhão, Amapá, Amazonas e Acre.